☰ SUMÁRIO EXECUTIVO

< 0/5 >

☰
ESTADO DA NAÇÃO 2022

SUMÁRIO EXECUTIVO

<

0/5

>

SUMÁRIO EXECUTIVO _____

SUMÁRIO EXECUTIVO ___

Depois da retrospetiva das principais dinâmicas na educação, emprego e competências durante a última década feita na edição de 2021, o Estado da Nação 2022 atualiza as tendências após dois anos de pandemia e foca-se em temas estruturais e centrais como os ganhos salariais dos vários níveis de educação e a relação entre educação e produtividade. Aponta ainda para um novo paradigma para o mercado de trabalho assente em competências em vez de profissões, apresentando e caracterizando clusters de profissões baseados em competências. Esta segunda edição conclui com um olhar para o futuro e com a atualização da posição atual face às metas para um Portugal do conhecimento em 2040.

Sabias que...

A educação é chave _

_ A educação é o fator fundamental para um Portugal mais desenvolvido e de futuro para os seus cidadãos.

Retorno à educação diminui _

_ Os salários praticados em Portugal são baixos face à média da União Europeia e numa década aumentaram apenas para os menos qualificados.

Baixos salários e baixa produtividade_

_ O aumento dos salários depende da produtividade e Portugal tem perdido terreno face à média europeia.

Qualificações essenciais para a produtividade _

_ A produtividade das empresas depende das qualificações dos trabalhadores e dos gestores.

Empresas apostam pouco em formação _

_ A aposta na formação dos trabalhadores por parte das empresas promove a produtividade, mas apesar dos benefícios apenas 16% o faz.

Mobilidade profissional aumenta_

_ A aposta na formação ao longo da vida tem de ser reforçada dada a maior mobilidade entre empregos registada na última década.

Clusters de profissões _

_ As competências são transferíveis entre empregos gerando grupos de profissões – clusters – e um novo paradigma do mercado de trabalho baseado em competências.

COVID-19 afetou a educação _

_ A COVID-19 teve implicações na aquisição e desenvolvimento de competências, o que compromete o futuro profissional individual e o crescimento económico do país.

Emprego jovem mais afetado _

_ O mercado de trabalho português recuperou após o choque pandémico, mas de forma incompleta e desigual, com prejuízo dos mais jovens e dos menos qualificados.

Mercado de trabalho mudou _

_ A recuperação do mercado de trabalho português implicou uma recomposição da estrutura do emprego e o teletrabalho voltou ao nível pré-pandemia na maioria dos setores.

Digitalização do mercado de trabalho _

_ Durante a pandemia, o mercado de trabalho tornou-se mais exigente e aumentou a procura por todo o tipo de competências, sobretudo as digitais.

Desafios na evolução de Portugal _

_ A evolução de Portugal nos indicadores-chave para 2040 foi positiva, mas ainda subsistem enormes desafios para que Portugal se transforme numa sociedade do conhecimento.

Metas para um Portugal do conhecimento em 2040 _

METAS 2040

o estado da nação 2022 _

o estado da nação __

_____________ 2022

A educação é o fator fundamental para um Portugal mais desenvolvido e de futuro para os seus cidadãos

A educação é central para os indivíduos ao estar associada não só a uma melhor situação profissional e rendimentos mais elevados, mas também a uma melhor saúde mental e bem-estar geral. A educação, e sobretudo as competências, são centrais também para o crescimento e desenvolvimento económico dos países. É por isso fundamental assegurar os incentivos adequados à aposta na educação e garantir que o mercado de trabalho acompanha o movimento de qualificação dos portugueses, principalmente dos mais jovens, de forma a não defraudar expectativas das gerações atuais e futuras.

A educação é o fator fundamental para um Portugal mais desenvolvido e de futuro para os seus cidadãos

A educação é central para os indivíduos ao estar associada não só a uma melhor situação profissional e rendimentos mais elevados, mas também a uma melhor saúde mental e bem-estar geral. A educação, e sobretudo as competências, são centrais também para o crescimento e desenvolvimento económico dos países. É por isso fundamental assegurar os incentivos adequados à aposta na educação e garantir que o mercado de trabalho acompanha o movimento de qualificação dos portugueses, principalmente dos mais jovens, de forma a não defraudar expectativas das gerações atuais e futuras.

Os salários praticados em Portugal são baixos face à média da União Europeia e numa década aumentaram apenas para os menos qualificados

O maior incentivo para investir em educação é o salarial. O rendimento dos portugueses é o sétimo mais baixo da União Europeia e, na última década, o rendimento real aumentou apenas para os menos qualificados, em 5%, alavancados pelo aumento do salário mínimo. Para os mais qualificados, a perda chegou aos 11%, o que se traduz numa diminuição dos ganhos associados a mais educação. Continuar a estudar compensa, mas Portugal arrisca-se a comprometer os incentivos das gerações vindouras a prosseguir os estudos.

Os salários praticados em Portugal são baixos face à média da União Europeia e numa década aumentaram apenas para os menos qualificados

O maior incentivo para investir em educação é o salarial. O rendimento dos portugueses é o sétimo mais baixo da União Europeia e, na última década, o rendimento real aumentou apenas para os menos qualificados, em 5%, alavancados pelo aumento do salário mínimo. Para os mais qualificados, a perda chegou aos 11%, o que se traduz numa diminuição dos ganhos associados a mais educação. Continuar a estudar compensa, mas Portugal arrisca-se a comprometer os incentivos das gerações vindouras a prosseguir os estudos.

O aumento dos salários depende da produtividade e Portugal tem perdido terreno face à média europeia

A produtividade portuguesa caiu de 70% para 66% da média europeia, de 2013 para 2019, e nem o aumento assinalável das qualificações das gerações mais jovens inverteu esta tendência. Nos últimos anos, a produtividade tem tido um aumento, mas a um ritmo muito menor do das qualificações dos portugueses. Em parte, devido à realocação do emprego para setores menos produtivos e pouco escaláveis, o que limita o potencial da produtividade do país.

O aumento dos salários depende da produtividade e Portugal tem perdido terreno face à média europeia

A produtividade portuguesa caiu de 70% para 66% da média europeia, de 2013 para 2019, e nem o aumento assinalável das qualificações das gerações mais jovens inverteu esta tendência. Nos últimos anos, a produtividade tem tido um aumento, mas a um ritmo muito menor do das qualificações dos portugueses. Em parte, devido à realocação do emprego para setores menos produtivos e pouco escaláveis, o que limita o potencial da produtividade do país.

A produtividade das empresas depende das qualificações dos trabalhadores e dos gestores

A produtividade aumenta com as qualificações da força de trabalho das empresas, mas também depende da adequada alocação dessas qualificações a profissões e tarefas. As qualificações dos empregadores pesam tanto como a dos trabalhadores. Portugal continua na cauda da Europa: 47,5% dos empregadores têm baixas qualificações, praticamente o triplo da média europeia. É necessário criar as condições para aumentar a produtividade e salários, garantindo que se promovem os incentivos à aposta na educação.

A produtividade das empresas depende das qualificações dos trabalhadores e dos gestores

A produtividade aumenta com as qualificações da força de trabalho das empresas, mas também depende da adequada alocação dessas qualificações a profissões e tarefas. As qualificações dos empregadores pesam tanto como a dos trabalhadores. Portugal continua na cauda da Europa: 47,5% dos empregadores têm baixas qualificações, praticamente o triplo da média europeia. É necessário criar as condições para aumentar a produtividade e salários, garantindo que se promovem os incentivos à aposta na educação.

A aposta na formação dos trabalhadores por parte das empresas promove a produtividade mas, apesar dos benefícios, apenas 16% o faz

Quanto maior a empresa, maior a aposta na formação dos trabalhadores, mas não é uniforme para todos os trabalhadores, pois há uma menor aposta na formação dos já menos qualificados e dos mais velhos - possivelmente os que mais beneficiariam de uma atualização de competências. É necessário envolver as empresas na criação de mecanismos que mitiguem os obstáculos à aposta na formação - custo, dificuldade em avaliar necessidades, falta de tempo – e na criação de oferta formativa pertinente e adequada às necessidades.

A aposta na formação dos trabalhadores por parte das empresas promove a produtividade mas, apesar dos benefícios, apenas 16% o faz

Quanto maior a empresa, maior a aposta na formação dos trabalhadores, mas não é uniforme para todos os trabalhadores, pois há uma menor aposta na formação dos já menos qualificados e dos mais velhos - possivelmente os que mais beneficiariam de uma atualização de competências. É necessário envolver as empresas na criação de mecanismos que mitiguem os obstáculos à aposta na formação - custo, dificuldade em avaliar necessidades, falta de tempo – e na criação de oferta formativa pertinente e adequada às necessidades.

A aposta na formação ao longo da vida tem de ser reforçada dada a maior mobilidade entre empregos registada na última década

A percentagem de trabalhadores que mudam de profissão num ano aumentou de 8% em 2015 para 10% em 2019. Apesar de ter sido interrompida na pandemia, esta tendência já começou a recuperar na segunda parte de 2021, o que reforça a importância das competências como elemento central na mobilidade entre empregos.

A aposta na formação ao longo da vida tem de ser reforçada dada a maior mobilidade entre empregos registada na última década

A percentagem de trabalhadores que mudam de profissão num ano aumentou de 8% em 2015 para 10% em 2019. Apesar de ter sido interrompida na pandemia, esta tendência já começou a recuperar na segunda parte de 2021, o que reforça a importância das competências como elemento central na mobilidade entre empregos.

As competências são transferíveis entre empregos gerando grupos de profissões – clusters – e um novo paradigma do mercado de trabalho baseado em competências

Em Portugal, os diferentes clusters de profissões variam consideravelmente em termos de emprego, salários e representatividade de jovens e diplomados. Nos últimos anos, os clusters de profissões das TIC, da Saúde e das Artes e Meios de Comunicação estão entre os mais ganhadores, simultaneamente em termos de emprego e salários. Competências de colaboração, comunicação, gestão e criatividade dão acesso às profissões com maior potencial e promovem a mobilidade profissional.

As competências são transferíveis entre empregos gerando grupos de profissões – clusters – e um novo paradigma do mercado de trabalho baseado em competências

Em Portugal, os diferentes clusters de profissões variam consideravelmente em termos de emprego, salários e representatividade de jovens e diplomados. Nos últimos anos, os clusters de profissões das TIC, da Saúde e das Artes e Meios de Comunicação estão entre os mais ganhadores, simultaneamente em termos de emprego e salários. Competências de colaboração, comunicação, gestão e criatividade dão acesso às profissões com maior potencial e promovem a mobilidade profissional.

A COVID-19 teve implicações na aquisição e desenvolvimento de competências, o que compromete o futuro profissional individual e o crescimento económico do país

O ensino à distância levou a perdas de aprendizagem e foi um indutor de desigualdades sociais, e se nada for feito, o impacto sentir-se-á nos próximos anos. A transição da educação para o mercado de trabalho também foi mais difícil durante a pandemia: 26% dos jovens que terminaram recentemente ciclos de estudo não estão empregados, colocando em causa as competências desenvolvidas. A participação dos adultos em educação e formação aumentou para 13%, mas manteve-se nos 4% entre os menos qualificados e sem evidência dos seus resultados reais.

A COVID-19 teve implicações na aquisição e desenvolvimento de competências, o que compromete o futuro profissional individual e o crescimento económico do país

O ensino à distância levou a perdas de aprendizagem e foi um indutor de desigualdades sociais, e se nada for feito, o impacto sentir-se-á nos próximos anos. A transição da educação para o mercado de trabalho também foi mais difícil durante a pandemia: 26% dos jovens que terminaram recentemente ciclos de estudo não estão empregados, colocando em causa as competências desenvolvidas. A participação dos adultos em educação e formação aumentou para 13%, mas manteve-se nos 4% entre os menos qualificados e sem evidência dos seus resultados reais.

O mercado de trabalho português recuperou após o choque pandémico, mas de forma incompleta e desigual, com prejuízo dos mais jovens e dos menos qualificados

Mais qualificações protegeram o emprego, mas para os mais jovens isso apenas se verificou ao nível do mestrado. Aumentou o desemprego de longa duração e o tempo de permanência no desemprego, reforçando a importância da requalificação de competências para uma parte importante da força de trabalho.

O mercado de trabalho português recuperou após o choque pandémico, mas de forma incompleta e desigual, com prejuízo dos mais jovens e dos menos qualificados

Mais qualificações protegeram o emprego, mas para os mais jovens isso apenas se verificou ao nível do mestrado. Aumentou o desemprego de longa duração e o tempo de permanência no desemprego, reforçando a importância da requalificação de competências para uma parte importante da força de trabalho.

A recuperação do mercado de trabalho português implicou uma recomposição da estrutura do emprego e o teletrabalho voltou ao nível pré-pandemia na maioria dos setores

A dinâmica do emprego foi muito diferente entre setores, com benefício para os que, tipicamente, exigem mais qualificações – Serviços intensivos em conhecimento e Indústria intensiva em tecnologia – e para o setor da Construção. O teletrabalho voltou a diminuir após um pico durante a pandemia e aumentou de forma sustentada numa minoria de setores, como os das tecnologias de informação e comunicação, as atividades técnicas e de consultoria, e dos serviços financeiros.

A recuperação do mercado de trabalho português implicou uma recomposição da estrutura do emprego e o teletrabalho voltou ao nível pré-pandemia na maioria dos setores

A dinâmica do emprego foi muito diferente entre setores, com benefício para os que, tipicamente, exigem mais qualificações – Serviços intensivos em conhecimento e Indústria intensiva em tecnologia – e para o setor da Construção. O teletrabalho voltou a diminuir após um pico durante a pandemia e aumentou de forma sustentada numa minoria de setores, como os das tecnologias de informação e comunicação, as atividades técnicas e de consultoria, e dos serviços financeiros.

Durante a pandemia, o mercado de trabalho tornou-se mais exigente e aumentou a procura por todo o tipo de competências, sobretudo as digitais

A procura de talento por parte dos empregadores esteve associado à intensidade digital das profissões. O mercado de trabalho demonstrou um maior dinamismo de procura por empregos qualificados e digitais e os empregadores tornaram-se mais exigentes ao requererem mais competências, principalmente digitais. Em 2021, 63% das ofertas de emprego pediam competências digitais, o que compara com 54% em 2019. Aumentou também a procura por competências mais transversais como competências de comunicação, criativas, de adaptabilidade e de trabalho em equipa.

Durante a pandemia, o mercado de trabalho tornou-se mais exigente e aumentou a procura por todo o tipo de competências, sobretudo as digitais

A procura de talento por parte dos empregadores esteve associado à intensidade digital das profissões. O mercado de trabalho demonstrou um maior dinamismo de procura por empregos qualificados e digitais e os empregadores tornaram-se mais exigentes ao requererem mais competências, principalmente digitais. Em 2021, 63% das ofertas de emprego pediam competências digitais, o que compara com 54% em 2019. Aumentou também a procura por competências mais transversais como competências de comunicação, criativas, de adaptabilidade e de trabalho em equipa.

A evolução de Portugal tem sido positiva, mas ainda subsistem enormes desafios para que Portugal se transforme numa verdadeira sociedade do conhecimento

Este curto espaço de tempo ainda é insuficiente para se concluir se as alterações – quer positivas quer negativas – são temporárias ou permanentes e é expectável que muitos dos efeitos da pandemia se manifestem no médio e longo prazo. É necessário, no imediato, apoiar os mais jovens e os menos qualificados - os grupos mais afetados pela pandemia, continuar a apostar na educação e formação alinhada com as necessidades do mercado de trabalho e garantir retornos adequados a mais educação.

A evolução de Portugal tem sido positiva, mas ainda subsistem enormes desafios para que Portugal se transforme numa verdadeira sociedade do conhecimento

Este curto espaço de tempo ainda é insuficiente para se concluir se as alterações – quer positivas quer negativas – são temporárias ou permanentes e é expectável que muitos dos efeitos da pandemia se manifestem no médio e longo prazo. É necessário, no imediato, apoiar os mais jovens e os menos qualificados - os grupos mais afetados pela pandemia, continuar a apostar na educação e formação alinhada com as necessidades do mercado de trabalho e garantir retornos adequados a mais educação.

em 2040, ambicionamos ...

EDUCAÇÃO

ALINHAMENTO EDUCAÇÃO-EMPREGO

EMPREGO

Uma diminuição de 26 pontos percentuais face a 2021 (40,5%).

Um aumento de 13 pontos percentuais face a 2021 (47,5%).

Um aumento de 12 pontos percentuais face a 2021 (12,9%).

Um aumento de 16 pontos percentuais face a 2021 (74,2%).

Uma melhoria de 6 posições face ao ranking de 2021 dos países da União Europeia com maior peso do emprego intensivo em tecnologia e conhecimento (16ª posição).

< INÍCIO
CAPÍTULO 1 _ DESTAQUES >

FUNDAÇÃO JOSÉ NEVES © 2022

HELLO@JOSENEVES.ORG

ANEXO METODOLÓGICO TERMOS & CONDIÇÕES CONTACTOS SUBSCREVER NEWSLETTER